quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Porto do Rio de Janeiro - RJ

ORIGEM

Na década de 1870, com a construção da doca da Alfândega, surgiram os primeiros projetos para desenvolvimento do porto do Rio de Janeiro, que então funcionava por meio de instalações dispersas, compreendendo os trapiches da Estrada de Ferro Central do Brasil, da Ilha dos Ferreiros, da enseada de São Cristóvão, da praça Mauá e os cais Dom Pedro II, da Saúde, do Moinho Inglês e da Gamboa.
A inauguração oficial do porto ocorreu em 20 de julho de 1910, passando a ser administrado por Demart & Cia. (1910), Compagnie du Port de Rio de Janeiro (1911 a 1922) e Companhia Brasileira de Exploração de Portos (1923 a 1933). Pela Lei nº 190, de 16 de janeiro de 1936, foi constituído o órgão federal autônomo denominado Administração do Porto do Rio de Janeiro, que recebeu as instalações em transferência ficando subordinado ao Departamento Nacional de Portos e Navegação, do Ministério da Viação e Obras Públicas. Mais tarde, o Decreto nº 72.439, de 9 de julho de 1973, aprovou a criação da Companhia Docas da Guanabara, atualmente Companhia Docas do Rio de Janeiro.
Porto RJ na década de 60

GEOGRAFIA / LOCALIZAÇÃO

Está situado na costa oeste da baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Porto do Rio de Janeiro foi estabelecido numa enseada da costa ocidental da Baia da Guanabara. Seu cais, com extensão de 6.740 m2 compreende as orlas marítimas do centro e dos bairros da Gamboa, Saúde, Santo Cristo e Caju.

ADMINISTRAÇÃO



O porto é administrado pela Companhia
Docas do Rio de Janeiro (CDRJ).




ÁREA DE INFLUÊNCIA

Abrange os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e as áreas do sudoeste de Goiás e do sul da Bahia.

ACESSOS

· RODOVIÁRIO – Pelas BR-040, BR-101, BR-116, RJ-071 e RJ-083.

· FERROVIÁRIO – Pelas MRS Logística S.A., Malha Sudeste, antigas Superintendências Regionais Belo Horizonte (SR 2), Juiz de Fora (SR 3) e Campos (SR 8), da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), compreendendo a Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB) e a Estrada de Ferro Leopoldina (EFL).

· MARÍTIMO – A barra, com largura de 1,5km e profundidade mínima de 12m, é delimitada pelos faróis do Morro do Pão de Açúcar e da fortaleza de Santa Cruz, na entrada da baía de Guanabara. O canal de acesso compreende 18,5km de comprimento, 150m de largura mínima e 17m de rofundidade.

INSTALAÇÕES

Existem 6.740m de cais contínuo e um píer de 883m, compondo os seguintes trechos:
Píer Mauá
· Pier Mauá: consiste no píer, acostável nos dois lados, contendo cinco berços, com profundidades de 7m a 10m. Sua superfície total é de 38.512m².

· Cais da Gamboa: principio junto ao píer Mauá e se prolonga até o Canal do Mangue, numa extensão de 3.150m, compreendendo 20 berços, com profundidades que variam de 7m a 10m. É atendido por 18 armazéns, sendo um frigorífico para 15.200t, totalizando 60.000m2. Uma área de 16.000m2 de pátios serve para armazenagem a céu aberto.

· Cais de São Cristóvão: com seis berços distribuídos em 1.525m, com profundidades variando de 6m a 8,5m. Possui dois armazéns perfazendo 12.100m2 e uma área de pátios descobertos com 23.000m2.

· Cais do Caju/Terminal Roll-on-Roll-off: possui 1.001m de cais e cinco berços com profundidades entre 6m e 12m, estando apenas um em condições de operar. As instalações de armazenagem são constituídas de dois armazéns, com área total de 21.000m, e de 69.200m2 de pátios descobertos.

· Terminais de contêineres: 2 terminais de contêineres arrendados – o LIBRA-T1 e o MULTI-T2 compreendem um cais de 784m, com quatro berços (2 de cada terminal) e profundidades entre 11,5m e 12m, e retroária total de 324.000m².
O porto conta, também, com 10 armazéns externos, no total de 65.367m2, e com oito pátios cobertos, somando 11.027m2, com capacidade de 13.100t.


OPERADORES

- No cais;
Terminais arrendados instalados ao longo do cais público:

Terminal de Contêineres 1 – T1, da Libra Terminal Rio S/A.; Terminal de Contêineres 2 – T2, da Multi-Rio Operações Portuárias S/A.; Terminal Roll-on-roll-off – TRR, da Multi-Car Rio Terminal de Veículos S/A.; Terminal de Produtos Siderúrgicos de São Cristóvão – TSC, da Triunfo Operadora Portuária Ltda.; Terminal de Trigo São Cristóvão – TTC, da Moinhos Cruzeiro do Sul Ltda.; Terminal Papeleiro – TPA, da Multiterminais Alfandegados do Brasil Ltda.; Terminal de Açúcar – TAC, da Servport – Serviços Portuários e Marítimos Ltda.; Terminal de Produtos Siderúrgicos da Gamboa – TSG, da Triunfo Operadora Portuária Ltda.; Terminal de Passageiros / Projeto Pier Mauá – PPM, da Pier Mauá S/A.; Terminal de Granéis Líquidos, da União Terminais Armazéns Gerais Ltda..

- Fora do cais;
Terminais de uso privativo:

Torguá (combustíveis), da Petrobras S.A., nas ilhas D'Água (Autorização 026/02), Transpetro; ilha Redonda (Autorização 028/02), Transpetro; Esso (produtos químicos), da Esso Brasileiro de Petróleo C.A. 052/97 na Ilha do Governador; Shell (combustíveis), da Shell do Brasil S.A., na Ilha do Governador; Manguinhos (combustíveis), da Refinaria de Manguinhos, na baía de Guanabara e Terminal Marítimo Imbetiba (combustíveis) Macaé (RJ).

Porto de Niterói

HISTÓRIA
Porto Niterói- RJ
O governo federal, pelo Decreto nº 16.962, de 24 de junho de 1925, concedeu ao estado do Rio de Janeiro autorização para construir e explorar comercialmente o porto de Niterói. O desenvolvimento das primeiras instalações compreendeu um trecho de 100m de cais e um armazém para carga geral. Administrado a partir de 1960 pelo Departamento de Portos e Navegação do governo estadual, teve a concessão extinta pelo Decreto nº 77.534, de 30 de abril de 1976, ficando sob a gestão da Empresa de Portos do Brasil S.A. (Portobras), extinta em 1990.
  

ADMINISTRAÇÃO
O porto é administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ).

LOCALIZAÇÃO
Na costa leste da baía de Guanabara, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro.


ÁREA DE INFLUÊNCIA

Restringe-se ao município de Niterói.

ÁREA DO PORTO ORGANIZADO

 Conforme a Portaria-MT nº 1.036, de 20/12/93 (D.O.U. de 22/12/93), a área do porto
organizado de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, é constituída:

 a) pelas instalações portuárias terrestres existentes no município de Niterói, na costa leste da baía de Guanabara, desde a extremidade sul da enseada de São Lourenço até junto ao primeiro acesso da ponte Costa e Silva que se liga ao centro da cidade de Niterói, abrangendo todos os cais, docas, pontes e píeres de atracação e de acostagem, armazéns, edificações em geral e vias internas de circulação rodoviária e ferroviária e ainda os terrenos ao longo dessas áreas e em suas adjacências pertencentes à União, incorporados ou não ao patrimônio do porto de Niterói ou sob sua guarda e responsabilidade;

b) pela infra-estrutura de proteção e acessos aquaviários, compreendendo as áreas de fundeio, bacias de evolução, canal de acesso e áreas adjacentes a esse até as margens das instalações terrestres do porto organizado, conforme definido no item "a" acima, existentes ou que venham a ser construídas e mantidas pela Administração do Porto ou por outro órgão do poder público.

ACESSOS

 RODOVIÁRIO – Pelas RJ-104 e BR-101.

FERROVIÁRIO – Pela Ferrovia Centro-Atlântica S/A, malha Centro-Leste, antiga Superintendência Regional Campos (SR 8), da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), alcançando Niterói por uma das linhas da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), porém não tocando as instalações portuárias.

· MARÍTIMO – A barra corresponde à entrada da baía de Guanabara, entre o Morro do Pão de Açúcar e a fortaleza de Santa Cruz, numa faixa com largura de 1,5km e profundidade mínima de 12m. O canal de acesso se estende por 14km, com largura de 70m e profundidade de 6m.
INSTALAÇÕES


O cais comercial com 431m de extensão dispõem de três berços de atracação com profundidades variando entre 3m e 6m. Possui dois armazéns, cuja área total é de 3.300m², com capacidade de 12.000t e conta, ainda, com dois pátios descobertos totalizando 3.584m².